quarta-feira, 17 de junho de 2009

Low cost

Até o fim-de-semana passado viajar numa low cost era experiência pela qual nunca tinha passado. Grande parte das low cost saem de Roterdão e Eindhoven e as rotas que utilizo não me dão esta opção.

No dia em que tive de viajar cheguei ao aeroporto e dirigi-me à sala de embarque quando dou com um corredor onde não havia uma única cadeira e quase toda a gente se sentava no chão à espera que o painel electrónico anunciasse a sala de embarque definitiva. Assim que esta informação apareceu era vê-los a correrem na sua direcção. Fiquei algo supreendida mas acabei por seguir a enchente.

Já na sala propriamente dita, onde apenas alguns previlegiados tinham direito a cadeiras, a hospedeira anuncia que os portadores de bilhetes Speedy Boarding podiam avançar. Por estes bilhetes paga-se mais 6.5£ e dão prioridade sobre os demais para unicamente terem acesso à escolha dos melhores lugares no avião.

Depois de darem tempo aos primeiros para entrarem no avião e escolherem o seu lugar, avisaram o resto do pessoal com bilhetes normais, que entretanto se acumulava à porta, para seguirem. Aqui, caiu-me literalmente o queixo no chão. As pessoas corriam e tropeçavam umas nas outras na direcção do avião. Valia tudo, menos arrancar olhos.

Já no avião a única coisa a que temos direito, ou seja, que é de graça é um copo de água e as idas a casa de banho, de resto tudo se paga ao peso de ouro. Uma simples sandes e uma bebida podem custar 8£.

A viagem correu sem precalços e dentro do horário previsto, mas no final fiquei com a nítida sensação que as companhias aéreas que praticam o low cost consideram os seus clientes pessoas de segunda categoria.

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