quinta-feira, 16 de julho de 2009

Ai Portugal, Portugal. Do que é que estás à espera?

Cada vez que vou a Portugal venho de lá com uma dor no coração. Dizem vocês: "Ah e tal, isso é da saudade". E eu respondo: "Também, mas não só..."
Das vezes que vou a Lx vejo mais uma parede graffitada, mais uma estrada por arranjar, mais condutores agressivos, mais uma loja que fechou, mais uma loja chinesa que abriu, mais alguém que deita lixo para o chão sem se importar com o cesto a 2 metros de distância... Tudo isto e mais um sem número de situações que me faz pensar que a grande maioria dos portugueses parece não gostar do seu próprio país porque pura e simplesmente não o acarinha e por isso também não trata os seus conterrâneos com respeito.
Quando por lá ando com alguém que não é português dou por mim a tentar justificar todas estas situações como se não fossem típicas da cultura portuguesa. Como se fossem resultado de uma crise que atingiu o mundo, mas isto meus amigos é a típica fase da negação.
Esta crise vem detrás, vem do povo, vem do Governo e vem-se construindo e tomando dimensões assustadoras. Portugal não tem qualquer plano de apoio para o comércio tradicional, e vão surgindo centros comerciais gigantescos como se não houvesse amanhã. Não existem coimas para quem deita o lixo para o chão (não tenho conhecimento de nenhuma situação do género), as políticas para prevenção nas estradas têm pouco sucesso e até a GNR (de quem deveria vir o exemplo) eu vi a cometer eros crassos na condução. Os grafittis, como já uma vez me disseram, mostram o fosso cada vez maior entre as classes sociais e isto parece ser uma bola de neve que não pára de crescer... Por vezes tenho vontade de fechar os olhos e dizer bem alto: "Isto é só um pesadelo e vai passar". Quem bom seria se fosse mesmo!

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